Boletim de Serviço Eletrônico em 05/02/2018

  

  

AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES

  

Ato nº 14570, de 07 de dezembro de 2017

O SUPERINTENDENTE DE OUTORGA E RECURSOS À PRESTAÇÃO - ANATEL, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pela Portaria nº 419, de 24 de maio de 2013, e

CONSIDERANDO a competência dada pelos Incisos XIII e XIV do Art. 19 da Lei n.º 9.472/97 – Lei Geral de Telecomunicações;

CONSIDERANDO o Inciso II do Art. 9º do Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos para Telecomunicações, aprovado pela Resolução n.º 242, de 30 de novembro de 2000;

CONSIDERANDO o Art. 1º da Portaria nº 419 de 24 de maio de 2013;

CONSIDERANDO o constante dos autos do processo nº 53500.084140/2017-12;

RESOLVE:

Art. 1º  Aprovar os requisitos técnicos para avaliação da conformidade do produto "Multiplexador de dados", conforme o Anexo I deste Ato.

Art. 2º  Este Ato entra em vigor na data de sua publicação no Boletim de Serviço Eletrônico da Anatel.


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Documento assinado eletronicamente por Vitor Elisio Goes de Oliveira Menezes, Superintendente de Outorga e Recursos à Prestação, em 02/02/2018, às 18:05, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 23, inciso II, da Portaria nº 912/2017 da Anatel.


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ANEXO I

REQUISITOS TÉCNICOS PARA AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DO PRODUTO MULTIPLEXADOR DE DADOS

 

OBJETIVO

O presente documento tem por objetivo estabelecer os requisitos técnicos aplicáveis ao produto Multiplexador de Dados.

 

REFERÊNCIAS NORMATIVAS

Recomendação Q. 703 do ITU-T (julho de 1996) - Signalling link;

Recomendação V.35 do ITU-T (edição de 1984) - Data transmission at 48 kbit/s using 60-108 kHz group band circuits;

Recomendação V.36 do ITU-T - Modems for synchronous data transmission using 60-108 kHz group band circuits;

Requisitos Técnicos para a Avaliação da Conformidade de Equipamentos de Telecomunicações quanto aos Aspectos de Compatibilidade Eletromagnética;

Recomendação G.703 do ITU-T (abril de 2016) - Physical/electrical characteristics of hierarchical digital interfaces.

 

REQUISITOS APLICÁVEIS

Características Elétricas e de Transmissão para o canal a 2 fios: aplicável quando o Multiplex possuir interface analógica

A unidade de canal a 2 fios deve realizar as funções de:

Processamento do  sinal de voz, incluindo o codificador/decodificador (CODEC);

Conversor de sinalização com híbrida.

É desejável que o equipamento possibilite a verificação da ocupação de cada canal da interface a dois fios.

O equipamento Multiplex equipado com canais a 2 fios deve efetuar a troca de sinalização através das vias de sinalização com as seguintes características:

Número de vias: duas vias de sinalização com velocidade de 500 bit/s (Ea, Ma, Eb, Mb).

Características do fio E do Multiplex:

I - Tensão máxima permissível entre o fio E e terra, com o fio E na condição de aberto: -60 VCC;

II - Corrente mínima que o fio E deve fornecer na condição de aterrado: 40 mA;

III - Resistência máxima admissível entre o fio E e terra na condição de aterrado: 50 ohms;

IV - Resistência mínima admissível entre o fio E e terra na condição de aberto: 100 kohms.

Características do fio M do Multiplex:

I - Tensão máxima permissível entre o fio M e terra, com o fio M na condição de aberto: -60 VCC;

II - Corrente máxima que o fio M, na condição de aterrado, deve drenar: 40 mA;

III - O fio M deve reconhecer obrigatoriamente a condição de M aterrado para uma resistência numa faixa mínima de 0 a 200 ohms;

IV - O fio M deve reconhecer obrigatoriamente a condição de M aberto para uma resistência a partir de 100 kohms.

Nota: Para facilitar o entendimento das especificações acima, a saída M do conversor se interliga à entrada M do multiplexador. Quando a saída M está aberta, a resistência que o multiplexador deve enxergar, do conversor mais a linha de conexão, é maior ou igual a 100 kohms. Quando o conversor está com sua saída M aterrada, o multiplexador deve enxergar para uma resistência de, no mínimo, até 200 ohms, o circuito como fechado. A saída E do multiplexador se interliga à entrada E do conversor. Na condição de aberto, a resistência que o conversor deve enxergar de ser maior ou igual a 100 kohms (multiplexador + linha). Para a condição de E aterrado, o conversor deve enxergar, para uma resistência de no mínimo até 200 ohms, o circuito como fechado.

É desejável que o equipamento permita a utilização de qualquer uma das vias de sinalização através de programação por estrapes ou função opera­cional equivalente.

É desejável que o equipamento permita a seleção da função do circuito por canal (entrada ou saída), através de estrapes ou função operacional equivalente.

Simbologia, conforme Figura 1.

Figura 1.

 

Características de Interface de Voz

Número de circuitos:

Um circuito via par simétrico, servindo a ambos os sentidos de transmissão.

Impedância Nominal:

O valor nominal da impedância deve ser de 600 ohm ou 900 ohm resistivos (equilibrada).

Banda Passante:

A faixa de frequências passantes na entrada do canal, deve estender-se de 300 Hz a 3,400 Hz de acordo com a figura 6.

Níveis Relativos de Transmissão e Recepção:

A unidade deve permitir o ajuste dos níveis de canal, através de estrapes plugáveis ou função operacional equivalente que não envolva soldagem, em passos de 0,5 dB, de modo a cobrir as seguintes faixas:

Nota: Para efeito de teste considerar o ponto de nível relativo 0 dBr igual a 0 dBm.

Características da Interface de Sinalização

A qualificação da interface a dois fios será por tipo de função desempenhada pelo conversor de sinalização. Dessa forma, cabe ao fabricante definir dentre os diversos tipos de conversores de sinalização telefônica (apresentados na Tabela 1), quais as características da sua interface a dois fios. As tabelas de 2 a 12 apresentam os comportamentos dos conversores de sinalização com ou sem transformador híbrido, em diversos tipos de ligações.

 

TIPO DE CONVERSOR

DESCRIÇÃO

REFERÊNCIA

SINALIZAÇÃO DO LADO A 2F

SINALIZAÇÃO LADO MUX - 4/6 F

SINALIZAÇÃO DO LADO A 2F

SINALIZAÇÃO LADO MUX - 4/6 F

EC

P

Envia sinal de enlace. Recebe sinal de chamada.

Pulsos longos e pulsos curtos padronizados.

Tabela 10

C

Envia sinal de enlace. Recebe sinal de chamada.

Presença e ausência de terra nos fios E e M.

Tabela 11

CE

P

Envia sinal de chamada. Recebe sinal de enlace.

Pulsos longos e pulsos curtos padronizados.

Tabela10

C

Envia sinal de chamada. Recebe sinal de enlace.

Presença e ausência de terra nos fios E e M.

Tabela 11

CC

C

Envia sinal de chamada. Recebe sinal de chamada.

Presença de terra durante a duração do ring.

Tabela 12

CE

E

Envia sinal de chamada. Recebe sinal de enlace.

Presença e ausência de terra por 1 período de 10 a 20 segundos.

Tabela 9

EI

P

Envia sinal de enlace. Recebe inversão de polaridade

Pulsos longos e pulsos curtos padronizados.

Tabelas 2 e 5

C

Presença e ausência de terra nos fios E e M.

Tabelas 3 e 6

D

Combinação de “0” e “1” nos fios de sinalização.

Tabela 4

IE

P

Envia a inversão de polaridade. Recebe sinal de enlace.

Pulsos longos e pulsos curtos padronizados.

Tabelas 2 e 5

D

Presença e ausência de terra nos fios E e M.

Tabelas 3 e 6

C

Combinação de “0” e “1” nos fios de sinalização.

Tabela 4

EE

P

Envia sinal de enlace. Recebe sinal de enlace.

Pulsos longos e pulsos curtos padronizados.

Tabela 7

C

Presença e ausência de terra nos fios E e M.

Tabela 8

Tabela 1. Tipos de conversores de sinalização telefônica.

 

 

Tabela 2.

 

 

Tabela 3.

 

 

Tabela 4.

 

 

Tabela 5.

 

 

Tabela 6.

 

 

Tabela 7.

 

 

Tabela 8.

 

 

Tabela 9.

 

 

Tabela 10.

 

 

Tabela 11.

 

 

Tabela 12.

 

Resistência Admissível de Enlace de Linha:

O conversor de saída deve ser ocupado para resistência de enlace de linha, no lado a dois fios, até 2.200 ohms, excluindo a resistência associada ao circuito de saída da central. O conversor de saída não deve ser ocupado para resistência de enlace de linha maior que 4,5 kohms excluindo a resistência associada ao circuito de saída da central. Entre 2,2 kohm, 4,5 kohm o conversor pode ou não ser tomado.

O conversor de entrada deve atender as especificações da resistência máxima interna de ocupação e de tronco livre, respectivamente, menor ou igual a 1000 ohms e maior ou igual a  18 kohms.

O conversor deve ser ocupado para resistência de enlace de linha, no lado a dois fios, até 1.400 ohms, exclusive as resistências de ambas as extremidades.

A verificação da característica de resistência de enlace de linha deve ser realizado na tensão nominal de alimentação primária, ou seja, - 48 Vcc, devendo ser realizada na configuração 2 fios ponta a ponta, conforme figura 2 e também ser realizada no conversor de saída e entrada, separadamente, na configuração 2 fios/8 fios.

Figura 2.

 

Ruído Impulsivo: Medido no lado a dois fios, conforme a montagem da figura 3, ocupando o conversor com a conexão da chave ki; simulando o atendimento com pulso de 150 ms mais ou menos 30 ms no fio M (no caso de sinalização pulsada) ou com terra (no caso de sinalização contínua); simulando multimedição com pulsos de 150 ms mais ou menos 30 ms no fio M, enviando 100 pulsos a intervalos de 3s, utilizando o filtro passa banda de acordo com o especificado na Recomendação 0.71 do CCITT (item 3.5.1) e ajustando o contador para contar ruído impulsivo (DLM-4 ou similar) para o nível de -35 dBm nenhum pulso deve ser reconhecido pelo contador de ruído impulsivo.

Figura 3.

 

Distorção de Pulsos de Discagem: Para conversores que trafegam discagem, os mesmos devem reconhecer trens de pulsos de discagem com velocidade de 10 pps mais ou menos 1 pps, com relação pulso/pausa de 1:1, devendo repetir 10 pps com relação pulso/pausa igual a dos pulsos recebidos e com distorção de até 14% de um período médio de um trem completo de pulsos.

Fuga de Sinalização: A fuga de sinalização do gerador de corrente de toque medida no lado a dois fios e nos terminais de emissão deve ser menor ou igual a - 60dBmp.

O conversor deve possuir proteção contra transitórios de tensão devido a chaveamento de relés de equipamentos interligados a ele (por exemplo, juntores).

As características funcionais que estabelecem o comportamento dos conversores de sinalização com circuito da híbrida, em diversos tipos de ligação devem atender ao disposto no item 3.1.8 deste documento, complementado pelo disposto nos itens 3.4 e 3.5 dos Requisitos Técnicos para Avaliação da Conformidade do Produto Central de Comutação Digital.

Quando existir gerador de toque, este deve atender os seguintes requisitos:

A campainha deve ser acionada com corrente de toque com as seguintes características:

O nível de intensidade sonora mínimo produzido pela campainha, a um metro do aparelho telefônico, deve ser de 70dB, quando não atenuado e submetido a um sinal de toque de 70 Vef a 25Hz.

O atraso entre a transferência de sinalização para o IT 16 do equipamento Multiplex deve ser no máximo de 100 ms.

Características de Desempenho do Sistema para Canal a dois fios em frequência de voz.

Como as características de desempenho descritas nos itens a seguir estão especificadas em termos de lado de transmissão, lado de recepção e ponta a ponta, torna-se  necessário a realização de 3 tipos básicos de ensaios:

Ensaio tipo 1 (A/D): Injetando um sinal analógico na entrada do canal de voz e medindo a característica desejada no intervalo de tempo correspondente no feixe digital de saída a 2.048 kbit/s.

Ensaio tipo 2 (D/A): Injetando na entrada de recepção digital um feixe de 2.048 kbit/s que contém a informação correspondente a um sinal analógico num intervalo de tempo apropriado e fazendo a medida da característica desejada no canal de voz associado ao referido intervalo de tempo;

Ensaio tipo 3 (A/A): São medidas realizadas entre os pontos de entrada e saída de um canal de voz em uma ligação ponto a ponto, formada pela interligação direta de dois sistemas terminais multiplex MCP. As entradas e saídas dos canais devem ser terminadas em suas impedâncias normais.

A verificação das características definidas a seguir deve ser efetuada, para as medidas A/D e D/A, com um sub-bastidor completo com os 30 canais de voz a dois fios, podendo estas unidades terem sinalizações diferentes e funções diferentes (conversor de entrada ou saída). As medidas A/A devem ser efetua­das com dois equipamentos multiplex 2Mbit/s dois fios completos conectados costas a costas. Os limites devem ser obtidos quando a função de sinalização estiver na condição normal de conversação, mas excluir qualquer condição de sinalização dinâmica, por exemplo multimedição.

O canal em teste deve estar tomado conforme figura 4, em caso de conversor de saída, e figura 5, em caso de conversor de entrada. Sendo que os demais canais devem também estar terminados por uma carga resistiva de 1 kΩ.

A figura 4 mostra um dispositivo que poderá ser usado para simular a ocupação em conversores de saída quando estes são tomados com variação de resistência de enlace no lado da linha a 2 fios.

Figura 4.

A figura 5 mostra um dispositivo para simular ocupação de conversores de entrada e a ponte de alimentação para o lado a 2 fios (simulando a conexão com o juntor de entrada). A ocupação é feita com um pulso de 150 ms ± 30 ms no fio E no caso de sinalização pulsada ou com terra, no caso de sinalização contínua.

Figura 5.

Pode ser utilizado como frequência nominal de referência o valor de 1020 Hz, mais 2 Hz  ou menos 7 Hz, nas medidas que definem o tom em torno de 800 Hz (nível de canal, resposta em frequência, etc).

Nível de Canal:

Fazendo-se os ensaios dos tipos 1 e 2 com um sinal senoidal de nível 0 dBm0 e frequência em torno de 800 Hz (exceto 800 Hz), a variação do nível de canal medida na saída de qualquer canal deve estar dentro de ± 0,4 dB.

Resposta em Frequência:

Fazendo-se ensaios dos tipos 1 e 2 com sinais senoidais de nível 0 dBm0, a variação em função da frequência do nível relativo de qualquer canal em relação ao nível medido em uma frequência de 1020 Hz não deve exceder os limites especificados na figura 6.

Figura 6.

 

Distorção de Atraso de Grupo:

Distorção de Atraso de Grupo com a Frequência:

Fazendo-se os ensaios dos tipos 1 e 2 com sinais senoidais na faixa de 500 Hz a 2800 Hz e nível de 0 dBm0, a variação em função da frequência do atraso de grupo de qualquer canal em relação ao mínimo atraso obtido, não deve exceder os limites especificados na figura 7.

Figura 7.

 

Perda de Retorno:

A perda de retorno nos pontos de entrada e saída dos canais de voz, medida contra uma impedância equilibrada de 600 ohm ou 900 ohm resistivos, deve atender à mascara da Figura 8.

Figura 8.

 

Nota: É desejável que o equipamento também para a faixa de 300 Hz a 600 Hz apresente valores superiores a 16 dB.

Simetria Longitudinal:

A Simetria Longitudinal deve ser avaliada através da Perda da Conversão Longitudinal medida na porta de entrada do lado A/D ("enconding side") e medido na porta de saída do lado D/A ("decoding side") deve atender a máscara da figura 9.

Figura 9.

 

Nota: Em casos especiais (por exemplo: equipamento insta­lado próximo a linhas de alta tensão) poderá ser requerido o atendimento a seguinte especifi­cação: maior que 46 dB na faixa de 300 Hz a 600 Hz e maior que 52 dB na faixa de 600 Hz a 3.400 Hz.

 

Ruído de Canal Vago:

Lado de Transmissão: Fazendo-se ensaio do tipo 1, com a entrada do canal de voz terminada em sua impedância nominal, o ruído de canal não deve exceder a -66 dDm0p.

Lado de Recepção: Fazendo-se o ensaio do tipo 2, com a aplicação em sua entrada digital de um sinal que corresponda na saída do decodificador ao valor "1" (lei A), o ruído devido unicamente ao equipamento receptor não deve exceder a -75 dBm0p.

O nível de qualquer frequência singela (em particular a frequência de amostragem e seus múltiplos), medida seletivamente, não deve exceder a -50 dBm0. Ensaio do tipo 3.

Discriminação Contra Entrada de Sinais Fora da Faixa:

Fazendo o ensaio do tipo 1,com a aplicação na entrada do canal de voz de qualquer sinal senoidal de fre­quência na faixa de 4,6 kHz a 150 kHz e nível de -25 dBm0, o nível do qualquer frequência imagem produzida no intervalo de tempo correspondente ao canal em teste, deve estar pelo menos 25 dB abaixo do nível do sinal de teste;

Sinais Espúrios Fora da Faixa na Saída do Canal:

Fazendo-se o ensaio do tipo 2, com um sinal senoidal na faixa de 300 Hz a 3.400 Hz e nível de 0 dBm0, simulado digitalmente e aplicado no intervalo de tempo correspon­dente ao canal em teste, o nível dos sinais espúrios fora da faixa de voz, imagens do sinal de entrada, medido sele­tivamente à saída do canal, deve ser inferior a -25 dBm0.

Relação Sinal/Ruído de Quantização:

Lado de Transmissão:

Fazendo-se o ensaio do tipo 1, com a aplicação na entrada do canal de voz de um sinal de ruído apropriado (conforme Rec. 0.131 do livro azul do CCITT), a relação entre a potência do sinal e a potência total do ruído medida no intervalo de tempo correspondente ao canal em teste, não deve exceder os limites especificados na figura 10.

 

Figura 10.

 

Lado de Recepção:

Fazendo-se o ensaio do tipo 2, com um sinal de ruído apropriado (conforme Rec. 0.131 do livro azul do CCITT) simulado digitalmente e aplicado no intervalo de tempo correspondente ao canal em teste, a relação entre a potência do sinal e a potência total do ruído medida na saída do canal em teste, não deve exceder os limites especificados na figura 11.

Figura 11.

 

Linearidade:

A variação do ganho na saída de qualquer canal em relação ao ganho em um nível de entrada de -10 dBm0, quando injetado na entrada correspondente um sinal senoidal da frequência na faixa de 700Hz a 1100Hz (excluindo submúltiplos de 8 kHz) e nível na faixa de -55 dBm0 a +3 dBm0, não deve exceder os limite especificados na figura 12.

Figura 12.

 

Diafonia entre Canais:

Para uma medida de diafonia é necessário a injeção de sinais auxiliares, como indicado nas figuras 13 e 14. Es­tes sinais são:

A diafonia entre canais individuais do multiplex deve ser tal que, com um sinal senoidal na faixa de 700 Hz a 1100 Hz com nível de 0 dBm0 aplicado na porta de entrada de um canal de voz, o nível de diafonia produzido em qualquer outro canal não deve exceder -73 dBm0 para NEXT ("near-end crosstalk") e -70 dBm0 para FEXT (far-end crosstalk). Ver figura 11.

A diafonia entre canais individuais do multiplex deve ser tal que, com um sinal senoidal na faixa de 700 Hz a 1100 Hz, com nível de 0 dBm0 simulado digitalmente e aplicado na porta digital, o nível de diafonia recebido em qualquer outro canal não deve exceder a -70 dBm0 para NEXT e -73dBm0 para FEXT. Ver figura 12.

Estabilidade de Nível:

Quando um sinal senoidal na frequência de 1020 Hz e nível de -10 dBm0 ou 0 dBm0 é aplicado na entrada de qualquer canal de voz, o nível medido na saída do intervalo de tempo correspondente do feixe de 2Mbit/s não deve variar mais que ± 0,1 dB durante qualquer intervalo de 10 minutos de operação normal (com as variações permitidas de alimentação e temperatura) e não mais que ± 0,3 dB durante qualquer intervalo de 1 ano de operação normal ( com as variações permitidas de alimentação e temperatura).

Quando um sinal senoidal na frequência de 1.020 Hz e nível de -10 dBm0 ou 0 dBm0, simulado digitalmente e aplicado no intervalo de tempo correspondente de qualquer canal de voz, o nível medido na saída de voz do canal em teste não deve variar mais que ± 0,1 dB durante qualquer intervalo de 10 minutos de operação normal (com as variações permitidas de alimentação e temperatura) e não mais que ± 0,3 dB duran­te qualquer intervalo de 1 ano de operação normal ( com as variações permitidas de alimentação e temperatura).

Figura 13.

 

Figura 14.

 

Perda de Retorno de Balanceamento: A perda de retorno de balanceamento (Prb), medida de acordo com a Figura 15, é  o parâmetro utilizado para caracterizar a performance necessária para o equipamento cumprir os requisitos de eco e estabilidade para a rede. É a parte da Perda no caminho Me-Z-Ms e não deve exceder os limites da figura 16. Para determinação da Perda de Retorno de Balanceamento, proceder como se segue:

Figura 15.

 

Com um sinal senoidal na faixa da 300 Hz a 3400 Hz e nível 0 dBm0 simulado digitalmente e aplicado no intervalo de tempo correspondente ao canal em teste, medir seletiva­mente o nível das frequências de teste no intervalo de tempo correspondente no feixe digital de saída a 2.048 kbits/s. O valor da perda de retorno de balanceamento para cada frequência é dada pela fórmula:

PT = NM – (Pi + Po) Onde:

PT = Perda de retorno de Balanceamento na frequência medida

NM = Nível Medido na frequência de teste

Pi e Po = Perdas ou ganhos entre os pontos de teste digital (2.048 kbits/s) e o ponto a 2 fios, ou vice-versa, na frequência da medida.

Figura 16.

 

Interferência da Sinalização:

Com um ensaio do tipo 3, o máximo nível de qualquer interferência de sinalização em um canal não deve exceder a -50 dBm0p, quando a sinalização (10Hz com razão de ocupação de 50/50) está ativa em todos os canais, exceto o canal em teste.

 

Características de saída para interface com par simétrico (120 Ohm)

Adicionalmente é desejável que o equipamento possua interface simétrica, distinta da interface coaxial, nas especificações a seguir:

Número de pares: um par simétrico;

Impedância Nominal: 120 ohms;

Tensão Nominal: 3V

Tensão de Pico: 0V ± 0,3V

 

Características elétricas da interface à 64 kbit/s

Quando o multiplex possuir interface G.703 à 64 kbit/s, o equipamento deve atender às características elétricas da interface à 64 kbit/s da Recomendação G.703 do ITU-T.

 

Recomendação V.35 do ITU-T

Os equipamentos devem atender ao disposto na Recomendação V.35 do ITU-T (edição de 1984). Sendo aplicáveis os ensaios aos sinais CT-103 e CT-104 e aos sinais CT-114 e CT-115, quando implementados:

Gerador: item II.3 do anexo II;

Receptor (carga): item II.4 do anexo II.

 

NBR 13417/1995

Os equipamentos devem atender ao disposto na NBR 13417/1995, com itens aplicáveis quando o produto opera com taxas de transmissão de dados de até 20kbit/s e possui interface V.35 e os sinais CT-105. CT-106, CT-107 e CT-109 implementados como circuitos não balanceados:

Carga: item 4.1.4. Com relação ao item 4.1.4.1., medir a resistência em corrente contínua e verificar se está entre 3.000 ohms e 7.000 ohms;

Gerador: item 4.1.5;

Para carga e gerador: item 4.1.6.3.

 

NBR 13415/1995

Os equipamentos devem atender ao disposto na NBR 13415/1995, com itens aplicáveis quando o produto opera com taxas de transmissão de dados de até 100kbit/s e possui interface V.35 e os sinais CT-105. CT-106, CT-107 e CT-109 implementados como circuitos não balanceados:

Gerador: item 5.2.1., e item 5.3;

Carga: item 5.2.2 e item 5.4.

 

NBR 13416/1995

Os equipamentos devem atender ao disposto na NBR 13416/1995, com itens aplicáveis quando o produto opera com taxas de transmissão de dados de até 10Mbit/s e possui interface V.35 e os sinais CT-105. CT-106, CT-107 e CT-109 implementados como circuitos não balanceados:

Gerador: item 5.2.1., e item 5.3;

Carga: item 5.2.2 e item 5.4.

 

Características elétricas da interface V.36

Os equipamentos abordados por estes requisitos devem atender ao disposto na Recomendação V.36 do ITU-T, aplicável quando o multiplex possuir interface V.36.

 

Compatibilidade Eletromagnética:

Os equipamentos devem atender integralmente, quando aplicáveis, aos requisitos vigentes referentes ao Regulamento para Certificação de Equipamentos de Telecomunicações quanto aos aspectos de Compatibilidade Eletromagnética.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os procedimentos de ensaio não discriminados serão objeto de estruturação pelos laboratórios avaliados pelos OCD. Além disso, os procedimentos para a coleta de amostras quando não tratados nos documentos normativos, serão definidos entre os OCD, laboratórios de ensaios e fabricantes. As amostras dos produtos a serem certificados deverão estar acompanhadas de uma declaração do fabricante, indicando terem sido coletadas na produção.


Referência: Processo nº 53500.084140/2017-12 SEI nº 2200423