Boletim de Serviço Eletrônico em 24/11/2022

  

  

AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES

  

Ato nº 14038, de 05 de outubro de 2022

O SUPERINTENDENTE DE OUTORGA E RECURSOS À PRESTAÇÃO - ANATEL, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pela Portaria nº 419, de 24 de maio de 2013, e

CONSIDERANDO a competência dada pelos Incisos XIII e XIV do Art. 19 da Lei n.º 9.472/97 – Lei Geral de Telecomunicações;

CONSIDERANDO o Inciso II do Art. 9º do Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos para Telecomunicações, aprovado pela Resolução n.º 242, de 30 de novembro de 2000;

CONSIDERANDO o Art. 1º da Portaria nº 419 de 24 de maio de 2013;

CONSIDERANDO o constante dos autos do processo nº 53500.002731/2018-52;

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar os requisitos técnicos relativos à avaliação da conformidade de cabos coaxiais flexíveis de 75 Ω com trança de fios de alumínio, conforme o anexo a este Ato.

Art. 2º Revogar, 180 dias após a data da publicação deste Ato, os requisitos técnicos relativos à avaliação da conformidade de cabos coaxiais flexíveis de 75 Ω com trança de fios de alumínio ,aprovados pelo Ato nº 958, de 08 de fevereiro de 2018.

Art. 3º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação no Boletim de Serviços Eletrônico da Anatel, sendo mandatória a aplicação do seu anexo 180 dias após a data de sua publicação.


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Documento assinado eletronicamente por Vinicius Oliveira Caram Guimarães, Superintendente de Outorga e Recursos à Prestação, em 18/11/2022, às 11:12, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 23, inciso II, da Portaria nº 912/2017 da Anatel.


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ANEXO AO ATO Nº 14038, DE 05 DE OUTUBRO DE 2022

REQUISITOS TÉCNICOS PARA A AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE E HOMOLOGAÇÃO de CABOS COAXIAIS FLEXÍVEIS DE 75 Ω com trança de fios de alumínio

OBJETIVO

Este documento estabelece os requisitos mínimos a serem demonstrados na avaliação da conformidade de cabos coaxiais flexíveis com impedância de 75 Ω [ohms] com trança de fios de alumínio, para efeito de homologação junto à Agência Nacional de Telecomunicações.

 

ABRANGÊNCIA

Este documento se aplica aos cabos coaxiais flexíveis de 75 Ω com trança de fios de alumínio para utilização em redes externas ou internas para transmissão de sinais de banda larga e outros sinais de telecomunicações.

 

REFERÊNCIAS

Para fins deste documento, são adotadas as seguintes referências:

Regulamento de avaliação da conformidade e de homologação de produtos para telecomunicações, aprovado pela Resolução nº 715, de 23 de outubro de 2019.

Lista de referência de produtos para telecomunicações, aprovada pelo Ato nº 7280, de 26 de novembro de 2020.

ABNT NBR 6810:2010 – Fios e cabos elétricos – Tração à ruptura em componentes metálicos – Método de ensaio;

ABNT NBR 9141:1998 – Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos – Ensaio de tração e alongamento à ruptura – Método de ensaio;

ABNT NBR 9146:2012 – Fios e cabos telefônicos – Ensaio de tensão elétrica aplicada – Método de ensaio;

ABNT NBR 9148:1998 – Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos – Ensaio de envelhecimento acelerado – Método de ensaio;

ABNT NBR 9149:1998 – Cabos telefônicos – Ensaio de escoamento de composto de enchimento – Método de ensaio;

ABNT NBR 13977:1997 – Cabos ópticos – Determinação do tempo de indução oxidativa (OIT) - Método de ensaio;

ABNT NBR 14705:2010 – Classificação de cabos internos para telecomunicações quanto ao comportamento frente à chama – Especificação;

ABNT NBR 14706:2001 – Cabos ópticos, fios e cabos telefônicos – Determinação do coeficiente de absorção de ultravioleta – Método de ensaio;

ABNT NBR 15443:2006 – Fios, cabos e condutores elétricos — Verificação dimensional e de massa;

ABNT NBR NM-IEC-60811-1-1:2001 – Métodos de ensaio comuns para os materiais de isolação e de cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 1: Medição de espessuras e dimensões externas – Ensaios para a determinação das propriedades mecânicas;

ABNT NBR NM-IEC-60811-1-3:2001, Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de cobertura de cabos elétricos - Parte 1: Métodos para aplicação geral - Capítulo 3: Métodos para determinação de densidade de massa - Ensaios de absorção de água – Ensaio de retração;

ABNT NBR NM-IEC-60811-4-1:2003 – Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de cobertura de cabos elétricos - Parte 4: Métodos específicos para os compostos de polietileno e de polipropileno – Capítulo 1: resistência à fissuração por ação de tensões ambientais – Ensaio de enrolamento após envelhecimento térmico no ar – Medição do índice de fluidez – Determinação do teor de negro-de-fumo e/ou de carga mineral em polietileno;

ANSI/SCTE 03:2008 – Test method for coaxial cable structural return l​oss;

ANSI/SCTE 44:2018 – Test method for dc loop resistance;

ANSI/SCTE 47:2007 – Test method for coaxial cable attenuation;

ANSI/SCTE 48-3:2018 – Test procedure for measuring shielding effectiveness of braided coaxial drop cable using the GTEM cell;

ANSI/SCTE 59:2018 – Test method for drop cable center conductor bond to dielectric;

ANSI/SCTE 66:2016 – Test method for coaxial cable impedance;

ANSI/SCTE 69:2007 – Test method for moisture inhibitor corrosion resistance;

ANSI/SCTE 70:2007 – Insulation resistance megohmmeter method;

ANSI/SCTE 108:2018 – Test method for dielectric withstand of cable;

ASTM A641/A641M-19 – Specification For zinc-coated (galvanized) carbon steel wire;

ASTM B 557:2015 - Standard test methods of tension testing wrought and cast aluminum and magnesium – alloy products;

ASTM D 746:2020 – Standard test method for brittleness temperature of plastics and elastomers by impact;

ASTM D 4565:2020 – Standard test methods for physical and environmental performance properties of insulations and jackets for telecommunications wire and cable;

ASTM G 155:2021 – Standard practice for operating xenon arc light apparatus for exposure of non-metallic materials;

IEC 61196-1-108:2011 – Coaxial communication cables - Part 1-108: Electrical test methods - Test for characteristic impedance, phase and group delay, electrical length and propagation velocity;

 

DEFINIÇÕES

Cabo coaxial: cabo constituído de dois condutores separados por material polimérico, tendo um eixo comum.

Cabo paralelo: conjunto formado pela reunião de dois cabos idênticos, em paralelo, em formato de "8".

Capa externa: camada de material polimérico aplicada sobre o condutor externo atuando como revestimento externo.

Composto vedante: elemento opcional que consiste em material não higroscópico aplicado entre o condutor externo e a capa externa.

Condutor central: é constituído por um fio sólido, multifilar ou um tubo liso.

Condutor externo ou blindagem: conjunto formado pela combinação de fita(s) laminada(s) e trança(s) de fios alumínio.

Dielétrico: camada de material polimérico aplicada sobre o condutor central.

Família de cabos: serão considerados como componentes de uma mesma família os cabos que apresentarem as mesmas características dimensionais e de materiais em relação ao núcleo do cabo.

Feixe ou espula: conjunto de fios elementares.

Fio elementar: fio sólido que compõe o feixe.

Fita laminada de blindagem: fita polimérica com folha(s) de material(is) metálico(s) laminado aderida(s) a pelo menos uma de suas faces.

Primeira fita: fita laminada de blindagem aderida ao dielétrico.

Segunda fita: fita laminada de blindagem sobreposta à primeira trança.

Jaqueta: camada de material polimérico aplicada sobre o condutor externo atuando como revestimento externo nos cabos sem armação.

Lance: comprimento contínuo sem emendas.

Núcleo do cabo: conjunto formado pelo condutor central, dielétrico e a primeira fita de alumínio laminado.

Série: denominação genérica atribuída aos modelos de cabos coaxiais contemplados neste documento, sendo que a diferenciação entre os modelos é dada por uma numeração específica.

Trança ou malha: blindagem constituída de feixes entrelaçados.

Primeira trança: trança sobreposta à primeira fita.

Segunda trança: trança sobreposta à segunda fita.

Figura 1 – Representação dos elementos da trança

 

REQUISITOS GERAIS

O dielétrico deve ser constituído de material polimérico expandido aplicado concentricamente e aderido ao condutor central por um pré-revestimento de material adesivo.

A fita laminada de blindagem aplicada sobre o dielétrico deve ser constituída por duas folhas de alumínio laminado aderidas às faces de uma fita polimérica.

A fita laminada de blindagem aplicada diretamente sobre o dielétrico deve possuir material adesivo em sua face interna.

A fita laminada de blindagem aplicada sobre a trança deve ser constituída por uma ou duas folhas de alumínio laminado aderidas às faces de uma fita polimérica.

A fita laminada de blindagem aplicada sobre a trança não deve ser aderida à mesma.

O condutor central dos cabos séries 59, 7 e 11 deve ser constituído de um fio sólido de liga de aço recoberto com uma camada contínua de cobre, metalurgicamente aderida, cobrindo totalmente o núcleo de aço.

O condutor central do cabo série 6 pode ser constituído de um fio sólido de liga de aço recoberto com uma camada contínua de cobre, metalurgicamente aderida, cobrindo totalmente o núcleo de aço, ou um fio sólido de cobre nu.

O condutor central do cabo série 15 deve ser constituído de um fio sólido de alumínio recoberto com uma camada contínua de cobre, metalurgicamente aderida, cobrindo totalmente o núcleo de alumínio.

A capa externa deve ser constituída de uma camada de material termoplástico, contendo aditivos adequados, que atenda aos requisitos deste documento e garanta o bom desempenho do cabo durante sua vida útil.

A capa externa deve ser contínua, homogênea e isenta de imperfeições.

 

REQUISITOS ESPECÍFICOS E MÉTODOS DE ENSAIO

Requisitos e métodos de ensaio para o condutor central

O diâmetro do condutor central deve ser conforme estabelecido na tabela 1 e medido conforme o método estabelecido na norma ABNT NBR 15443.

 

Tabela 1 - Diâmetro do condutor central

Série

Diâmetro do condutor central [mm]

Tolerância [%]

59

0,81

±1

6

1,02

±1

7

1,30

±1

11

1,63

±1

15

2,77

±1,1

O alongamento à ruptura do condutor central, para os condutores de aço cobreado, deve ser de, no mínimo, 1%, devendo ser verificado através do método estabelecido na norma ABNT NBR 6810. O ensaio deve ser realizado em três corpos-de-prova de 250 mm de comprimento, entre marcas, com velocidade de afastamento das garras de 50 mm/min.

O alongamento à ruptura do condutor central, para os condutores de cobre nu, deve ser de, no mínimo, 1% e, no máximo, 5%, devendo ser verificado através do método estabelecido na norma ABNT NBR 6810. O ensaio deve ser realizado em três corpos-de-prova de 250 mm de comprimento, entre marcas, com velocidade de afastamento das garras de 50 mm/min.

O alongamento à ruptura do condutor central, para os condutores de alumínio cobreado, deve ser de, no mínimo, 1% e, no máximo 5%, devendo ser verificado através do método estabelecido na norma ABNT NBR 6810. O ensaio deve ser realizado em três corpos-de-prova de 250 mm de comprimento, entre marcas, com velocidade de afastamento das garras de 50 mm/min.

Requisitos e métodos de ensaio para o dielétrico

A força de aderência mínima requerida para a retirada dos resíduos entre o dielétrico expandido e o condutor central deve ser conforme tabela 2, devendo ser verificada em três corpos-de-prova através do método estabelecido na norma ANSI/SCTE-59.

 

Tabela 2 - Força de aderência mínima

Série

Força mínima [N]

59

22

6

22

7

36

11

67

15

Não aplicável

Requisitos e métodos de ensaio para o núcleo do cabo

O diâmetro médio do núcleo do cabo deve estar de acordo com a tabela 3, devendo ser determinado pela média das medições sobre a fita de alumínio aderida, conforme o método descrito a seguir:

Utilizar instrumento com resolução metrologicamente adequada;

Devem ser tomadas quatro medidas, defasadas em aproximadamente 45º uma da outra, de uma mesma seção e anotada a média aritmética dos valores obtidos.

 

Tabela 3 - Diâmetro médio do núcleo dos cabos

Série

Diâmetro sobre a primeira fita [mm]

Tolerância [mm]

59

3,86

±0,13

6

4,78

±0,13

7

5,92

±0,15

11

7,32

±0,15

15

11,76

±0,20

A ovalização do núcleo do cabo não deve ser superior ao estabelecido na tabela 4, devendo ser determinada pela diferença entre o diâmetro máximo e o diâmetro mínimo, medidos sobre a primeira fita, obtidos no ensaio do item 6.3.1.

 

Tabela 4 - Ovalização máxima do núcleo

Série

Ovalização máxima [mm]

59

0,28

6

0,33

7

0,38

11

0,38

15

0,46

Requisitos e métodos de ensaio para o condutor externo

O condutor externo (blindagem) deve ser conforme um dos tipos descritos a seguir:

Blindagem padrão – composta por uma fita laminada de blindagem com material adesivo somente em sua face interna aplicada longitudinalmente sobre o dielétrico com sobreposição mínima de 18% de sua circunferência e por uma trança de fios de alumínio aplicada em torno da fita de tal forma que a cobertura da trança resulte em um valor mínimo de 53% calculado conforme o item 6.4.5 abaixo.

Blindagem tripla ou trishield – trata-se da blindagem padrão sobre a qual é aplicada longitudinalmente mais uma fita laminada de blindagem não aderida à trança com sobreposição mínima de 18%.

Blindagem quádrupla ou quadshield – trata-se da blindagem tripla sobre a qual é aplicada uma segunda trança constituída do mesmo material da primeira aplicada em torno da fita laminada de blindagem de tal forma que a cobertura da trança resulte em um valor mínimo de 32% calculado conforme item 6.4.5 abaixo.

O diâmetro dos fios das tranças deve ser de 0,160 mm ± 0,01 mm, devendo ser verificado através do seguinte procedimento:

Utilizar instrumento com resolução metrologicamente adequada;

Devem ser tomadas duas medidas perpendiculares de uma mesma seção transversal e anotada a média aritmética dos valores obtidos.

A resistência à tração dos fios das tranças deve ser de no mínimo 300 MPa e o alongamento à ruptura deve ser de no mínimo 3%, devendo ser verificados conforme o método estabelecido na norma ASTM B 557. Se o resultado não atender ao requisito, é permitido repetir o ensaio em um corpo de prova retirado do fio antes da confecção da trança. Nestes casos, a quantidade deve ser acordada entre requerente da avaliação da conformidade e laboratório, sendo no mínimo 5 m de fio.

A superfície dos fios das tranças deve ser contínua, brilhante e livre de lascas, fissuras e rachaduras, devendo ser visualmente verificada com ampliação de sete vezes.

O percentual de cobertura das tranças deve ser calculado pelas equações a seguir:

 




onde :

é o fator de cobertura linear;

é o diâmetro do fio elementar do feixe, em milímetros;

é o diâmetro médio da trança, em milímetros;

 é o diâmetro sob a trança;

 é o diâmetro do fio elementar;

é o número de feixes;

é o número de fios por feixe;

é o passo da trança, em milímetros;

 é o ângulo formado entre o eixo do cabo e a trança.

Requisitos e método de ensaio para capa externa

O material da capa externa deverá atender aos requisitos especificados na tabela 5.

 

Tabela 5 - Requisitos e métodos de ensaios do material da capa externa

Propriedade

Método de ensaio

PE

PVC

Densidade [g/cm³]

NBR NM IEC 60811-1-3

0,900 a 0,955

1,45 (máximo)

Tração à ruptura mínima [MPa]

NBR 9141

8,2

12,40

Alongamento mínimo [%]

NBR 9141

400

250

Retenção do alongamento

NBR 9141 e NBR 9148

Mínimo de 75% do original após acondicionamento a 100°C por 48 h

Mínimo de 50% do original após acondicionamento a 100°C por 168 h

Resistência à baixa temperatura [°C]

ASTM D 746, método A

-20

-5

O material da capa externa dos cabos coaxiais para aplicação em redes externas de cor preta deve atender aos requisitos das tabelas 5 e 6.

 

Tabela 6 - Requisitos e métodos de ensaios adicionais da capa externa de cor preta

Propriedade

Método de ensaio

PE

PVC

Teor de negro de fumo [%] mínimo

ABNT NBR NM-IEC-60811-4-1

2,35

1,00

Coeficiente de Absorção mínimo em 375 nm [ABS/cm]

ABNT NBR 14706

4000

2800

O material da capa externa dos cabos coaxiais para aplicação em redes externas de cor não preta deve ser submetida ao ensaio de intemperismo, conforme a norma ASTM G155, ciclo 1, durante 720 horas. Após o ensaio, devem ser verificados o alongamento à ruptura e a resistência à tração do revestimento externo, conforme a norma ABNT NBR 9141. Os valores obtidos não devem diferir em mais de 25% dos valores originais do revestimento externo.

O cabo coaxial para aplicação em redes internas, mesmo que parcial, deve possuir capa externa de material retardante à chama, sendo que sua classificação deverá ser informada pelo fabricante e comprovada através do método de ensaio correspondente conforme estabelecido na norma ABNT NBR 14705.

O diâmetro sobre a capa externa do cabo coaxial deve ser conforme a tabela 7 e verificado conforme o método estabelecido na norma ABNT NBR 15443.

 

Tabela 7 - Diâmetro sobre a capa externa [mm]

 

Blindagem

Série

Padrão

Tripla

Quádrupla

59

6,10 ± 0,20

6,20 ± 0,20

6,73 ± 0,20

6

6,93 ± 0,20

7,06 ± 0,20

7,54 ± 0,20

7

8,10 ± 0,20

8,20 ± 0,20

8,64 ± 0,20

11

10,16 ± 0,25

10,16 ± 0,25

10,34 ± 0,25

15

15,00 ± 0,25

15,11 ± 0,25

15,82 ± 0,25

A espessura em qualquer ponto da capa externa não deve ser inferior a 0,51 mm e deve ser verificada através do método estabelecido na norma ABNT NBRNM-IEC-60811-1-1.

A razão entre a maior e a menor espessura da capa externa medidas em uma mesma seção transversal não deve ser maior que 1,55 mm e deve ser verificada conforme o método estabelecido na norma ABNT NBRNM-IEC-60811-1-1.

Requisitos e métodos de ensaio para o mensageiro integrado (opcional)

Quando o cabo coaxial rígido possuir mensageiro integrado, este deverá ser constituído por um fio ou cordoalha de aço galvanizado.

A verificação dos requisitos deve ser feita no fio singelo ou fio elementar da cordoalha e atender aos requisitos da norma ASTM A641/A641M-19, class 1, hard temper para:

Carga de ruptura mínima;

Camada de zinco;

Aderência da camada de zinco;

Diâmetro do mensageiro.

Para a medição do diâmetro do mensageiro deverá ser utilizado instrumento com resolução metrologicamente adequada e serem tomadas duas medidas perpendiculares de uma mesma seção transversal, sendo anotada a média aritmética dos valores obtidos.

Requisitos e método de ensaio para resistência elétrica

A resistência elétrica de laço do cabo coaxial com a blindagem completa não deve ser superior ao valor indicado na tabela 8 e deve ser verificada através do método estabelecido na norma ANSI/SCTE 44 em corrente contínua e a 20°C.

 

Tabela 8 - Resistência elétrica de laço em corrente contínua [Ω/km a 20°C]

 

Blindagem

Série

Padrão

Tripla

Quádrupla

59

199,7

190,3

184,1

6

135,0

126,1

121,1

7

91,2

81,4

80,0

11

65,6

57,1

54,8

15

19,9

13,3

13,0

O equipamento de ensaio não está restrito ao citado no método de ensaio especificado no item 6.7.1, podendo ser utilizado um equipamento com precisão equivalente.

Requisito e método de ensaio para impedância característica

A impedância característica para os cabos coaxiais flexíveis, medida nas duas extremidades do cabo, deve ser de 75 Ω ± 3 Ω na faixa de frequência de 5 MHz a 1.000 MHz, devendo ser verificada conforme o método estabelecido na norma ANSI/SCTE-66.

equipamento de ensaio não está restrito ao citado no método de ensaio especificado em 6.8.1, podendo ser utilizado um equipamento com precisão equivalente.

Requisito e método de ensaio para eficiência de blindagem

A eficiência da blindagem para os cabos coaxiais flexíveis não deve ser inferior aos valores estabelecidos na tabela 9 na faixa de frequências de 5 MHz a 1.000 MHz e deve ser verificada através do método estabelecido na norma ANSI/SCTE-48-3.

 

Tabela 9 - Eficiência da blindagem [dB]

Blindagem

Padrão

Tripla

Quádrupla

dB

65

75

95

Para fins de avaliação da eficiência de blindagem em uma mesma família o interessado deve informar todas as construções de blindagem e percentuais de cobertura de trança pertencentes a esta família e  apresentar duas amostras: uma da blindagem com construção mais complexa e a segunda da construção mais simples, conforme a tabela 9. As amostras devem possuir o menor percentual da trança na família apresentada.

As amostras devem ser montadas conforme o especificado no item 8.7 abaixo.

O equipamento de ensaio não está restrito ao citado no método de ensaio especificado no item 6.9.1, podendo ser utilizado um equipamento com precisão equivalente.

Requisito e método de ensaio para perda de retorno estrutural

A perda de retorno estrutural, respeitando a frequência máxima de operação e medida nas duas extremidades do cabo, deve ser de, no mínimo, 20 dB na faixa de frequência de 5 MHz a 1.000 MHz, devendo ser verificada conforme o método estabelecido na norma ANSI/SCTE 03.

O equipamento de ensaio não está restrito ao citado no método de ensaio especificado no item 6.10.1, podendo ser utilizado um equipamento com precisão equivalente

Requisito e método de ensaio para atenuação do sinal de transmissão

Os valores de atenuação do sinal de transmissão no cabo coaxial não devem ser maiores que os indicados na tabela 10, devendo ser verificados conforme o método estabelecido na norma ANSI/SCTE-47.

 

Tabela 10 - Atenuação máxima [dB/100 m a 20°C]

 

Frequência [MHz]

Série

5

55

211

270

300

330

400

450

550

750

870

1000

59

3,50

6,73

12,47

13,85

14,60

15,29

16,73

17,72

19,52

22,87

24,85

26,64

6

2,70

5,25

10,00

11,04

11,64

12,26

13,61

14,43

16,08

18,57

20,04

21,49

7

1,54

4,10

7,74

8,78

9,25

9,72

10,73

11,35

12,63

14,99

16,28

17,45

11

1,25

3,15

6,23

7,00

7,38

7,71

8,53

9,02

9,97

11,97

13,31

14,27

15

0,69

1,97

3,81

4,30

4,56

4,76

5,28

5,61

6,23

7,32

7,91

8,50

O equipamento de ensaio não está restrito ao citado no método de ensaio especificado em 6.11.1, podendo ser utilizado um equipamento com precisão equivalente.

Requisito e método de ensaio para rigidez dielétrica

O dielétrico entre os condutores central e externo deve suportar por um minuto, sem ruptura, uma tensão de 1000 VCA (tensão alternada) ou de 1500 VCC (tensão contínua) e deve ser ensaiado à temperatura ambiente conforme o método estabelecido na norma ABNT NBR 9146.

Requisito e método de ensaio para resistência de isolamento

A resistência de isolamento do cabo coaxial não deve ser inferior a 1.500 MΩ.km e deve ser verificada conforme o método estabelecido na norma ANSI/SCTE-70.

Requisito e método de ensaio para velocidade de propagação relativa

A velocidade de propagação relativa deve ser de, no mínimo, 82% da velocidade da luz no vácuo, quando obtido através da equação apresentada na norma IEC 61196-1-108.

Requisito e método de ensaio para dobramento

O cabo completo deve ser submetido ao ensaio de dobramento conforme o método estabelecido na norma ASTM D 4565, seção 34, não devendo apresentar danos visíveis a olho nu na capa e atendendo ao requisito de impedância do item 6.8.

Requisito e método de ensaio para resistência à corrosão

O cabo coaxial flexível que possui composto vedante não deve apresentar sinais de corrosão após ser submetido ao ensaio de resistência à corrosão conforme o método estabelecido na norma ANSI/SCTE 69.

Requisito e método de ensaio para tempo de indução oxidativa (OIT)

O tempo de indução oxidativa a 180,0°C ± 0,3°C do dielétrico expandido deve ser no mínimo de 20 minutos, devendo ser verificado conforme o método estabelecido na norma ABNT NBR 13977. O valor de OIT obtido neste ensaio deverá ser referência para o ensaio de estabilidade térmica descrito no item 6.18 a seguir.

Requisito e método de ensaio para estabilidade térmica

Após envelhecimento de 14 dias a 90°C, o dielétrico expandido deve ser submetido ao ensaio de tempo de indução oxidativa a 180,0°C ± 0,3°C de acordo com o método estabelecido na norma ABNT NBR 13977. O valor de OIT obtido neste ensaio não deve ser inferior a 70% do valor de OIT de referência, obtido no ensaio do item 6.17.

Requisito e método de ensaio para escoamento do composto vedante

O cabo coaxial flexível que possui composto vedante deve ser submetido ao ensaio de escoamento do composto conforme o método estabelecido na norma ABNT NBR 9149 e não deve apresentar sinais de escoamento ou gotejamento.

 

ORIENTAÇÕES GERAIS

A regulamentação vigente, que estabelece os requisitos, critérios de formação de famílias e procedimentos de ensaios para avaliação da conformidade deve ser observada durante todo o processo de avaliação da conformidade e homologação.

Quaisquer dúvidas quanto a sua aplicabilidade devem ser levadas à consideração da Gerência de Certificação e Numeração da Anatel antes do início do processo de avaliação da conformidade e homologação.

Para cabos não previstos na regulamentação vigente, antes de dar início ao processo de avaliação da conformidade, a Gerência de Certificação e Numeração da Anatel deve ser consultada.

Para os cabos homologados antes da entrada em vigor deste documento, aplicam-se os seguintes princípios, descritos na regulamentação vigente:

Para os cabos homologados, as orientações deste documento devem ser observadas por ocasião da manutenção da avaliação da conformidade do produto.

As orientações deste documento devem ser observadas sempre que ocorrer a emissão de novo documento resultante do processo de avaliação da conformidade.

No caso de produtos fabricados em regime de OEM (Original Equipment Manufacturer, Fabricante Original de Equipamento) que deem origem a novos requerimentos de homologação, o processo de avaliação da conformidade deve estar adequado às disposições deste documento.

Para os produtos fabricados em regime de OEM, os novos requerimentos devem estar adequados a este documento mesmo que o período de manutenção da avaliação da conformidade inicial ainda não tenha vencido.

 

AMOSTRAGEM DO CABO COAXIAL

Deve ser apresentada para ensaios completos pelo menos uma amostra de cada família dos cabos, sendo que os ensaios efetuados em uma amostra de cabo de maior diâmetro externo serão válidos para os demais cabos de menor diâmetro externo dentro da mesma família.

Caso uma família de cabos para avaliação da conformidade inclua cabos com características opcionais ou especiais, deverão ser fornecidas amostras adicionais, suficientes para a realização dos ensaios específicos correspondentes.

Caso um determinado cabo possua jaqueta ou capa externa distintas para aplicação em áreas internas e áreas externas, deverão ser apresentadas para ensaios duas amostras deste cabo com as referidas capas. Numa amostra serão realizados os ensaios completos e na segunda amostra os ensaios aplicáveis ao material da jaqueta e capa externa, de acordo com o estabelecido nas tabelas 11 e 12.

Caso um determinado cabo possua capa externa de cores distintas, para aplicação em área interna, o interessado deve declarar formalmente que o material base, sem corante, utilizado na fabricação da amostra submetida a ensaio será mantido assim como suas características frente à chama.

Caso um determinado cabo possua capa externa e cobertura de cores distintas para aplicação em área externa, todos os cabos de cores distintas devem ser submetidos ao ensaio de intemperismo.

Os ensaios do mensageiro integrado devem ser realizados em todos os diâmetros utilizados. Caso um determinado diâmetro seja utilizado em uma ou mais famílias de cabos não é necessário repetir os ensaios do mensageiro para cada família.

Os ensaios nos cabos coaxiais paralelos devem ser realizados em apenas um dos cabos.

As amostras de cabo devem ter lance de, no mínimo, 100 m e estar com suas extremidades preparadas com conectores.

Para o ensaio específico de eficiência de blindagem as amostras devem ter os corpos-de-prova preparados conforme as instruções abaixo: 

Três amostras do cabo completo (núcleo do cabo, condutor externo e capa externa), com as suas extremidades preparadas com conectores, montadas conforme a figura 2;

Figura 2 – Montagem dos corpos de prova do cabo completo.

 

Uma amostra do núcleo do cabo (condutor central e dielétrico), com as suas extremidades preparadas com conectores,  montada conforme a figura 3.

Figura 3 – Montagem dos corpos de prova do condutor central e dielétrico.

 

Quando os ensaios forem realizados em laboratórios distintos, as amostras deverão ser retiradas de cabos de um mesmo lote.

Para os ensaios específicos das capas externas as amostras de cabos a serem apresentadas para ensaios deverão ter o lance especificado de comum acordo entre o laboratório e o interessado.

No caso de reteste decorrente de não conformidades encontradas nos ensaios ou inclusão de cabo similar em uma mesma família, a amostra poderá ser retirada de lote diferente da amostra original.

Neste caso, o especialista do agente responsável pela avaliação da conformidade deve avaliar a amostra e descrever esta avaliação no relatório de avaliação da conformidade técnica, indicando claramente que a nova amostra tem as mesmas características da amostra do lote original.

No caso de alteração dos requisitos específicos do cabo que levem à necessidade de nova avaliação da conformidade, poderá ser utilizada amostra de lote diferente daquela usada na avaliação da conformidade inicial, desde que os procedimentos usados na avaliação da conformidade inicial estejam adequados a este documento.

O item 8.10.1 também deve ser observado neste caso.

A amostra do cabo encaminhada para os ensaios deve ter impressa, na capa, a identificação ou, quando aplicável, a designação do produto, bem como: nome/identificação do fabricante (detentor da tecnologia) e/ou marca comercial do fabricante (detentor da tecnologia) e/ou marca comercial do requerente da homologação, quando devidamente autorizado pelo fabricante (detentor da tecnologia), a identificação do lote de fabricação e a classificação de retardância a chama, conforme o item 6.5.4.

O cabo comercializado deve ter impressa na capa, em intervalos não superiores a 5 m, as mesmas informações previstas no item 8.12, bem como a identificação de homologação, conforme item 10 abaixo.

Se ensaios para manutenção do documento resultante do processo de avaliação da conformidade forem necessários, as amostras do cabo encaminhada para os ensaios de manutenção devem atender ao disposto no subitem 8.12.1.

Não serão considerados válidos, para fins de avaliação da conformidade e homologação, ensaios realizados em materiais de um modelo de cabo para avaliação da conformidade de outro de família diferente.

 

ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS

No caso de uma família de produtos possuírem cabos com diferentes tipos de comportamento frente à chama, uma amostra deverá ser submetida a todos os ensaios previstos para o produto.

Para os outros cabos com comportamentos frente a chama distintos, todos os ensaios referentes à capa deverão ser refeitos, conforme tabelas 11 e 12.

No caso de uma família de produtos possuírem cabos com outros tipos de revestimento externo, uma amostra de cada cabo deverá ser submetida a todos os ensaios referentes a esta alteração, conforme tabelas 11 e 12.

Para produtos que apresentarem não conformidade em algum ensaio e houver qualquer alteração no processo produtivo ou no produto que implique em uma nova amostra, esta deverá ser submetida ao ensaio no qual a primeira amostra foi reprovada e a todos os ensaios referentes àquela alteração, conforme tabelas 11 e 12.

 

Tabela 11 – Relação de ensaios a serem refeitos

 

Ensaios a serem refeitos

Materiais ou partes do cabo coaxial cujos requisitos específicos não foram atendidos ou que sofreram alteração no processo de fabricação ou no produto

Elétricos

Transmissão

Capa

Condutor interno

Condutor externo

Dielétrico

Mensageiro

Composto vedante

Capa (revestimento externo)

 

 

X

 

 

 

 

 

Condutor interno (central)

X

(ver nota 1)

X

 

X

 

 

 

 

Condutor externo (blindagem)

X

(ver nota 1)

X

 

 

X

 

 

 

Dielétrico

X

(ver nota 2)

X

 

 

 

X

 

 

Mensageiro

 

 

 

 

 

 

X

 

Composto vedante

 

 

 

 

 

 

 

X

Nota 1: Reensaiar SOMENTE resistência elétrica

Nota 2: Reensaiar SOMENTE resistência de isolamento e rigidez dielétrica

 

Tabela 12 - Descrição dos ensaios

Requisitos específicos

Ensaios elétricos

  • Resistência elétrica do condutor interno

  • Rigidez dielétrica

  • Resistência de isolamento

Ensaios de transmissão

  • Atenuação

  • Impedância característica

  • Velocidade de propagação relativa

  • Perda de retorno

  • Eficiência de blindagem

Ensaios no condutor interno
(central)

  • Diâmetro do condutor interno

  • Alongamento à ruptura do condutor central

Ensaios no condutor externo
(blindagem)

  • Diâmetro sobre o condutor externo

  • Sobreposição da fita

  • Diâmetro do fio das tranças

  • Resistência à tração dos fios das tranças

  • Percentual de cobertura das tranças

Ensaios na capa
(revestimento externo)

  • Diâmetro sobre a capa externa

  • Densidade

  • Espessura da capa

  • Razão entre a maior e menor espessura

  • Tração à ruptura do material da capa externa (original)

  • Alongamento mínimo do material da capa externa (original)

  • Envelhecimento do material da capa externa

  • Alongamento mínimo do material da capa externa (envelhecido)

  • Tração à ruptura do material da capa externa (envelhecido)

  • Intemperismo

  • Resistência à baixa temperatura

  • Impacto a frio

  • Coeficiente de absorção

  • Teor de negro de fumo

  • Comportamento frente à chama

Ensaios no dielétrico

  • Diâmetro médio do núcleo do cabo

  • Força de aderência mínima entre o dielétrico e o condutor central

  • Ovalização do núcleo do cabo

  • Indução oxidativa (OIT)

  • Estabilidade Térmica

Ensaios no mensageiro

  • Carga de ruptura mínima

  • Camada de zinco

  • Aderência da camada de zinco

  • Diâmetro

Ensaios no composto vedante

  • Resistência à corrosão

  • Escoamento do composto vedante

 

IDENTIFICAÇÃO DA HOMOLOGAÇÃO

A marcação do selo ANATEL e a identificação do código de homologação devem ser apresentadas na embalagem externa do produto, em conformidade com a regulamentação vigente. Também podem ser utilizados, opcionalmente, meios de impressão gráfica nos catálogos dos produtos ou na documentação técnica pertinente.

Adicionalmente, conforme o procedimento operacional para marcação da identificação da homologação Anatel em produtos para telecomunicações, anexo ao ato nº 4088, de 31 de julho de 2020, deve ser impressa de forma legível na capa externa dos cabos, ao longo do seu comprimento, a identificação alfanumérica da homologação do produto, em uma das seguintes formas:

ANATEL HHHHH-AA-FFFFF; ou

ANATEL: HHHHH-AA-FFFFF.

Onde:

HHHHH – identifica a homologação do produto por meio de numeração sequencial com 5 (cinco) caracteres;

AA – identifica o ano de emissão da homologação com 2 (dois) caracteres numéricos;

FFFFF – identifica o fabricante do produto com 5 (cinco) caracteres alfanuméricos.

 


Referência: Processo nº 53500.062247/2021-88 SEI nº 9243257