Timbre

Relatório de Delegação nº 29/2020/CBC3/GC-CBC

PROCESSO Nº 53500.038235/2020-51

INTERESSADO: ANATEL - ORCN - GERÊNCIA DE CERTIFICAÇÃO E NUMERAÇÃO, COMISSÃO DE NORMALIZAÇÃO DE TELECOMUNICAÇÕES

INTERESSADO: COMISSÃO DE NORMALIZAÇÃO DE TELECOMUNICAÇÕES

origem

CBC 3: Comissão Brasileira de Comunicações 3.

evento

Reunião plenária da Comissão de Estudos 15 (CE 15) do Setor de Normalização da União Internacional de Telecomunicações (UIT-T) (SG15: Transport, Access and Home).

período e local

07/09/2020 a 18/09/2020, Reunião Remota.

delegação

Chefe de Delegação:

GERALDO MAGELA BENÍCIO JÚNIOR - Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Telecomunicações – Área Engenharia. Atua na área de certificação de produtos da Gerência de Certificação e Numeração – ORCN, com foco no processo de homologação dos certificados de conformidade técnica, e membro do GRN 5 da CBC3.

Delegado:

FLAVIO RABELLO DE SOUZA - Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Telecomunicações – Área Engenharia. Atua na área de outorga da Unidade Operacional do Espirito Santo – UO021.

introdução

Os delegados participaram remotamente da Reunião plenária da Comissão de Estudos 15 (CE 15) realizada entre os dias 7 e 18 de setembro de 2020.

As atividades da Comissão de Estudos 15 da ITU-T abrangem o desenvolvimento de padrões relativos às infraestruturas de redes de transporte ópticas e outras infraestruturas, sistemas, equipamentos e fibras ópticas, e compreende os padrões aplicáveis aos ambientes de usuários, redes de acesso, redes metropolitanas e redes de longa distância.

ATUAÇÃO DO DELEGADO NOS TRABALHOS

Atualmente, a Comissão de Estudos 15 desenvolve seu trabalho com o foco em 14 questões, cujo escopo pode ser acessado no item 7.1 deste Relatório de Delegação. A 6ª Reunião do CE 15 lidou com mais de 700 documentos de trabalho, entre eles as 296 contribuições recebidas e em torno de 420 documentos temporários analisados. Também foram recebidos 69 documentos liasons, com informações e questionamentos de outras entidades, e que foram discutidos conjuntamente com as atividades dos subgrupos. Os documentos foram distribuídos aos Grupos de Trabalho (WP) 1, 2 e 3 em acordo com suas atribuições, de modo que o plano de trabalho das duas semanas de reuniões fosse consolidado.

No âmbito da CE15, foram apresentadas algumas diretrizes e implementados alguns procedimentos a serem seguidos durante as reuniões virtuais, disponibilizadas em virtude do surto de corona vírus, assim como sobre o replanejamento do formato de reuniões físicas e virtuais.

Em virtude dos preparativos para Assembleia Mundial de Normatização das Telecomunicações - WTSA-20, foram propostas atualizações nos termos de referência das questões em estudo juntamente com proposta de revisão da Resolução 2 do WTSA. Neste contexto, em reunião realizada no início do ano, foram encaminhadas ao Conselho Consultivo de Normatização - TSAG, para adoção imediata, as propostas de incorporação do Q7/15 pelo Q6/15 e do Q15/15 pelo Q18/15, em função da pouca atividade em determinados temas e como forma de reduzir as agendas paralelas. Nesta reunião, foi encaminhada a proposta de incorporação do Q17/15 pelo Q18/15, mas com efeito a partir da primeira reunião do novo período de estudos (2021-2024) e sujeita à aprovação da WTSA.

Considerando a diversidade de questões abordadas, os delegados priorizaram as reuniões identificadas na Proposta de Composição de Delegação 38 (SEI nº 5874782). No entanto, não foi possível acompanhar todos os assuntos integralmente em virtude das agendas paralelas entre as Questões.

No âmbito do WP1, que aborda aspectos de transporte em redes de acesso e redes domesticas, as questões acompanhadas foram a Q2/15 e Q4/15.

Q2/15 (WP1/15) Optical systems for fibre access networks (Sistemas ópticos para redes de acesso por fibra): Seus estudos abrangem sistemas de acesso ponto-a-ponto e ponto-multiponto como os da serie G-PON - Redes Ópticas Passivas Gigabit (G.984.x) e a nova geração de arquitetura PON. Estão em estudo não apenas novas recomendações mas também a revisão das atuais, contemplando a inclusão de novos serviços, a melhora da interoperabilidade, aplicações com maior largura de banda e a extensão do alcance. 

Esta reunião envolveu em boa parte o desenvolvimento do G.hsp.ComTC – Camada de convergência de transmissão comum (hspon). Houve um bom progresso e muitas das questões em aberto têm caminhado para uma solução. Em alguns casos, a minuta necessita apenas de adequação em conformidade com as contribuições. Assim, o documento ainda não está maduro o suficiente para ser submetido a consenso. Deve ser iniciada um ciclo de Last Calls nos próximos meses para aperfeiçoar o documento para a próxima plenária. Também houve algum progresso no tópico G.hsp.50Gpmd – 50G PMD (hspon) e o modelamento está disponível. Isso deve possibilitar a conclusão deste trabalho em curto prazo. 

No âmbito do G.hsp.ComTC, houve uma discussão sobre técnicas avançadas de economia de energia. De uma perspectiva ampla, haviam defensores das diferentes técnicas, mas também foi igualmente aceito que esses esquemas são bastante complexos. Além disso, os requisitos que orientam esse tipo específico de abordagem não são claros. Também temos métodos de economia de energia existentes que funcionam bem, o que leva a questionar se a economia de energia adicional justifica o custo. Outra preferência expressa por Verison e China Telecom seria ver esse tipo de recurso como opcional, o que significa que pode ser ignorado totalmente em seu sistema. Ou seja, aparentemente o interesse do operador por essas abordagens é baixo, com exceção da British Telecom que expressou interesse por essas técnicas. Foi observado que esses recursos afetarão o hardware, portanto, não é provável que sejam adiados para uma versão posterior ao padrão. Também foram levantadas preocupações sobre a interoperabilidade, uma vez que ambos os esquemas têm uma grande variabilidade e, portanto, um maior número de casos será testado.

Diante do estado da discussão, o relator avalia que não há consenso para a incorporação de qualquer um desses métodos no momento e, por não serem necessários para o funcionamento normal da PON, a decisão padrão é retirar essas ideias de consideração, de modo a avançar o documento.

Alguns outros pontos de design também avançaram nesta reunião. Técnicas como 4-way bit interleaving para mitigação de erros de burst, a ordem de processamento (FEC – interleaving e embaralhamento) e o balanceamento da carga para embaralhamento, por exemplo. Um consenso também está sendo construído para manter o alinhamento de 4 bytes para as velocidades mais altas.

Com relação à Recomendação G.9806 Amd1, há um conjunto de itens no PMD 50G que difere dos sistemas 25G e 10G. Foi levantada uma longa lista de preocupações em relação às especificações 50G e não há um consenso em seu conteúdo. A solução acordada neste ponto foi mover o material 50G para um apêndice, deixando 25G como a principal contribuição aqui.

Novas recomendações estão sendo atualizadas, conforme detalhado no plano de trabalho. Novos projetos de amendment foram acordados, incluindo G.987.3 e G.989.3 - Especificação da camada de convergência de transmissão (TC) (XG-PON e NG-PON), e G.9803 -  Radio sobre sistema de fibra. Além disso, quatro novos itens de trabalho foram acordados para serem iniciados: requisitos WDM-PON, especificações WDM-PON, um suplemento sobre DBA cooperativo e um suplemento sobre TDM-PON para back/midhaul sem fio.

Como resultado dos trabalhos, foram submetidos 5 documentos a consenso referentes às recomendações G.984.5 Am2 – Banda estendida (G-PON), G.987.2 Am2 – Especificação de camada PMD (XGPON), G.989.2 Am1 - Especificação de camada PMD (NGPON), G.9806 Am1 - Sistema de acesso óptico ponto a ponto bidirecional de alta velocidade em fibra única (HS-PtP) e G.9807.1 Am2 - Rede óptica passiva simétrica com capacidade de 10 Gigabit (XGS-PON).

Nos próximos 9 meses, o Q2/15 planeja se reunir mensalmente, com reuniões virtuais de 3 ou 5 dias. O formato mais longo de reunião se deve ao aumento da carga de contribuições.

Q4/15 (WP1/15) Broadband access over metallic conductors (Acesso Banda Larga em condutores metálicos​): Considerando a crescente demanda por mais velocidade de Internet, pelo lado dos usuários, e a necessidade de se aproveitar a rede já instalada, pelo lado das prestadoras, estão sendo desenvolvidas tecnologias de transmissão de sinais de alta velocidade em redes de pares metálicos. As tecnologias da família xDSL (Digital Subscriber Line) foram desenvolvidas dentro desta questão no CE 15. Atualmente, estão em desenvolvimento tecnologias como a G.fast e G.mgfast que permitirão aos usuários experimentar velocidades de transmissão da ordem de 10 Gbit/s.

Com relação ao G.fast, estava em evidência a revisão da Recomendação G.9701, a ser submetida a consenso nesta reunião. Também está em estudo uma nova Recomendação G.fastback, com objetivo de especificar transceptores e sistemas para aplicações de backhaul baseadas em G.fast. Entre os pontos em debate está a necessidade de utilização de tons acima de 17.664 MHz para os pares G.fast backhaul que portam um serviço DSL subjacente, como o VDSL2.

Com relação ao MG.fast, 16 novas contribuições foram apresentadas a esta reunião. Elas abordavam questões de modulação, enquadramento, retransmissão, manutenção e inicialização. Cada uma das contribuições resultou em novos acordos e atualizações do texto preliminar, resultando num progresso significativo no que diz respeito à nova Recomendação G.9711. Assim, vários membros expressaram que a minuta G.9711 e os texto relacionados, G.994.1 Amd.2 e G.997.3, estavam suficientemente maduros para serem submetido a consenso.

Como resultado dos trabalhos, foram submetidos 6 documentos a consenso referentes às recomendações G.994.1 Amd2 – Handshake para transceptores DSL, G.997.2 Amd2 – Gerenciamento da camada física para transceptores G.fast, G.997.3 - Gerenciamento da camada física para transceptores MGfast, G.9701 Amd3 – Especificação da camada física para G.fast e G.9711 - Especificação da camada física para MGfast.

 

No âmbito do WP2, que aborda aspectos de tecnologia óptica e estruturas físicas, as questões acompanhadas foram a Q5/15 e Q6/15.

Q5/15 (WP2/15) Characteristics and test methods of optical fibres and cables​​ (Características e métodos de teste de fibras ópticas e cabos): 

No âmbito do grupo Q5/15, as principais discussões giraram em torno da revisão da Recomendação G.650.1 e da nova proposta definida no relatório técnico TR.sdm (elementos para transmissão por multiplexação por divisão espacial – Space Division Multiplexing).

A Recomendação G.650.1 contempla definições de parâmetros de fibras ópticas monomodo, bem como diversos métodos de teste de atributos lineares e determinísticos nestas fibras. Em sua cláusula 6 são apresentados os métodos de teste de referência (RTM) bem como os alternativos (ATM).

Nesta reunião do SG15, o grupo aprovou mudanças no texto desta recomendação, agora em sua 5ª versão, onde foi revisado o método alternativo de teste denominado “Spectral Attenuation Modelling” (Modelagem de Atenuação Espectral), definido na cláusula 6.4.4, para contemplar a aplicabilidade de um menor número de comprimentos de onda de predição para a modelagem de uma faixa mais estreita de comprimentos de onda. No Apêndice III denominado “Exemplo de uma matriz modelo”, a tabela existente da fibra G.652 foi substituída por uma nova com quatro comprimentos de onda. Foi incluída ainda uma nova tabela para a fibra G.654.E com três comprimentos de onda de predição. Também foi melhor detalhada a dependência do erro da modelagem em relação ao número de comprimentos de onda de predição. Estas mudanças originaram-se da contribuição C2008, propostas pelas NTT e CLPAJ do Japão.

Acerca da proposta TR.sdm, as discussões avançaram. Foram enviadas propostas para as cláusulas 5 (que esclarece as relações entre a tecnologia SDM e os requisitos das futuras aplicações, a fim de reconhecer as necessidades e benefícios aos usuários), 6 (aplicações potenciais e áreas que podem se beneficiar do SDM) , 7.1 (detalha tecnologias e propriedades de fibras SDM) e 7.2 (detalha tecnologias e propriedades de cabos SDM). No documento TD271 apresentado, foi consolidada a última versão do TR.sdm. A contribuição C.2009 ratificou o que já havia sido apresentado durante a fase de correspondências, não acrescentando novas colaborações. Na contribuição C.2077 foi proposta a discussão dos cabos ópticos do tipo ultra-high fibre count (UHC).

Da discussão do draft da TR.sdm entre os participantes, foram consensados os seguintes pontos mais relevantes: detalhar melhor a cláusula 5 inserindo o limite de Shannon; modificar a cláusula 6 no que diz respeito à aplicação do SDM no Mobile Fronthaul de forma a esclarecer suas funcionalidades gerais bem como harmonizar as propostas europeias e japonesas; a necessidade de serem criadas propostas para as cláusulas 8.2 a 10.

Também na reunião foi feita uma última revisão no documento TD516R2/Plen, que contém o Question Text para o novo ciclo do SG15.

Para os trabalhos futuros, o documento TD301 define os temas a serem estudados bem como os cronogramas a serem atendidos.

Q6/15 (WP2/15) Characteristics of optical systems for terrestrial transport networks​​ (Características de sistemas ópticos para redes de transporte terrestre): 

Diversos temas foram discutidos no âmbito da Q6, dentre os quais destacamos os abaixo.

Foi aprovada a revisão da Recomendação G.672, que descreve características relevantes dos multiplexadores ópticos reconfiguráveis do tipo “multi-degree add/drop”.  (MD-ROADM), tendo sido atualizados diversos pontos.

O grupo também aprovou a revisão da Recomendação G.694.1, que define o grid de frequências para aplicações Dense Wavelength Division Multiplexing (DWDM). Esta revisão contempla também algumas novas definições de termos.

Acerca da Recomendação G.698.2, que define parâmetros ópticos para a camada física em sistema DWDM para aplicações metropolitanas, incluindo amplificadores ópticos, algumas empresas apresentaram contribuições para as extensões de 200 e 400Gbps. Na primeira delas (C.2270), foram detalhados resultados da investigação do número mínimo de taps de equalização para o receptor de referência 400 Gb/s DP-16QAM. O trabalho conclui que o número mínimo de taps de equalização no receptor de referência para medição da Magnitude do vetor de erro (EVMRMS) depende do nível de interferência intersimbólica (inter-symbol interference - ISI) gerada pelo transmissor e corrigível pela arquitetura de equalização escolhida. A escolha do número de taps apenas pela estimativa da EVM do receptor pode acarretar a definição de um grande número de taps e atender apenas a esta implementação de transmissor. Em outra contribuição, identificada pelo número C.2057, é apresentada uma proposta para mapeamento de símbolos em aplicações 200G e 400G DP-16QAM, onde se sugere um mapeamento como o OIF 400ZR, para as aplicações de 80km e OpenROADM MAS nas aplicações de 450km. Na contribuição C.2185, apresentou-se uma proposta detalhada para mapeamento de símbolos nas aplicações 200G e 400G DP-16QAM. Nela, a instituição recomenda um sistema único de mapeamento (OIF 400ZR) para todas as aplicações. Assim, houve consenso acerca das aplicações em 80km mas não para as de 200-450km, estando os membros convidados a apresentar novas contribuições para estas aplicações. Discussões também foram levantadas acerca da similaridade das propostas 2185 e 2057, sendo a primeira suportada apenas por fabricantes chineses e a segunda por vários ao redor do mundo, tornando mais difícil a aprovação da proposta chinesa.

Foi discutida também a questão da excursão espectral máxima (maximum spectral excursion) para aplicações 25G NRZ, para fins de revisão das Recomendações G.698.1 (aplicações DWDM multicanal em interface óptica de canal único), G.698.2 (DWDM multicanal com amplificação em interface óptica de canal único) e G.698.4 (DWDM bidirecional em interface óptica de canal único do tipo port-agnostic). Nas contribuições C.2026 e C.2052 foram apresentados resultados de testes e propostas para a excursão espectral máxima em 25G. Após a discussão pelo grupo acerca destas contribuições, concluiu-se pela necessidade de se fazer uma análise similar à que foi feita na primeira versão da G.698.1, onde um trade-off foi feito entre a excursão espectral máxima (@ -x dB) e o ripple (@ -y dB), que não constavam dessas contribuições. Um novo convite foi feito para que para as instituições apresentem mais contribuições neste tema.

A recomendação G.698.4 teve uma atualização apresentada pelo documento TD 287R2. Recebeu também contribuições de algumas instituições. Na C.2048, foram colocadas considerações acerca da auto-sintonia do TEE (tail-end equipment – equipamento remoto), sugerindo que o assunto fosse discutido futuramente e que não fosse um tópico de trabalho para discussão neste momento. A contribuição C.2050 apresentou proposta de utilizar o procedimento simplificado de sintonia usado em aplicações 25G como opção também para 10G. Embora questões tenham sido levantadas por alguns membros, o grupo aprovou a proposta e solicitou que os participantes enviassem contribuições sobre os parâmetros associados para aplicações 10G.

Foi proposto pelo grupo um novo item de trabalho para aplicações 25G na banda “O” (1260 – 1360 nm). Sobre este tema, várias contribuições foram enviadas. Na C.2010 são apresentados resultados de testes de penalidades por dispersão cromática com 12 comprimentos de onda em um grid de 800GHz na parte relevante da banda O. A proposta continua na C.2011, sugerindo um grupo de comprimentos de onda como um provável conjunto para um novo item de trabalho. Após discussão pelo grupo, foi definido que continuariam as correspondências a fim de se definir um conjunto apropriado de comprimento de onda na banda O com penalidades por dispersão cromática suficientemente pequena em aplicações 25G. Nas contribuições seguintes, em C.2012 e C.2199, propôs-se iniciar um novo item de trabalho em sistemas 25G DWDM em banda O, para aplicações em fronthauls de sistemas 5G, tendo por base 12 canais em um esquema derivado do grid CWDM. A C.2168 sugere algo similar, mas com 6 canais. Após discussão, o grupo concordou em iniciar novo item de trabalho em uma arquitetura comum de 12 canais (ou 6 bidirecionais) em 25G para ao menos 10km de distância na banda O. Após questionamento de uma das operadoras, ficou acordado que seria investigada a possibilidade de estender a operação para 20km.

A extensão do número de canais no G.698.2 também foi proposta por meio das contribuições C.2049, C.2191. C.2059, C.2108 e C.2201. Após discussões, o grupo preferiu primeiro focar na conclusão do trabalho atual da inclusão das aplicações 200G e 400G na Recomendação G.698.2 antes de direcionar esforços para criar especificações na banda C estendida.

Acerca da proposta de novo item de trabalho para inclusão de aplicação 100G PAM4 no G.695 e G959.1, incluída pela C.2047, o grupo entendeu que este novo item de trabalho só faria sentido se esta especificação fosse diferente da IEEE P802.3cu (em desenvolvimento) e que trouxesse contribuições em relação a ela. A decisão ficou para a próxima reunião.

Uma proposta de novo item de trabalho para dispositivos e subsistemas eOTDR foi apresentada por meio da contribuição C.2123. Esta contribuição propõe criar especificações para implementação de eOTDRs (Refletômetro Óptico no Domínio do Tempo Integrado - Embedded Optical Time Domain Reflectometer) que operem in-service. Este assunto ficou sobrestado até a próxima reunião.

Na área de comunicações ópticas em espaço livre (free space optical communication system) uma nova proposta de item de trabalho foi enviada, por meio da contribuição C.2054. Nela foi sugerida a criação de um item de trabalho para a especificação de sistemas de comunicação em espaço aberto que sejam interoperáveis em um ambiente multi-fabricantes (multi-vendor). Membros questionaram se este assunto estaria relacionado ao escopo do Q6. A coordenação dos trabalhou convidou a todos a enviarem novas contribuições a serem discutidas na próxima reunião.

Para o direcionamento dos futuros trabalhos, as prioridades estabelecidas pelo Q6 foram definir os códigos das aplicações 200G & 400G na futura revisão da G.698.2, definir os códigos das aplicações 25G nas revisões das recomendações G.698.1, G.698.2 e G.698.4, a fim de endereçar as necessidades de acesso para aplicações em redes móveis 5G, e definir os códigos das aplicações 25G na nova recomendação G.owdm (draft).

As questões acompanhadas com maior ênfase na CE 15 realizam estudos relevantes para os trabalhos desenvolvidos na gerência de certificação da Anatel. A participação nas reuniões dos grupos possibilita a avaliação das mudanças nos protocolos e equipamentos de forma a se ter uma atuação mais proativa no que se refere à criação e atualização de requisitos técnicos para certificação de produtos para telecomunicações, evitando assim possíveis entraves ou atrasos à inserção de novos equipamentos e tecnologias no mercado brasileiro.

Em resumo, as discussões auxiliam no desenvolvimento e atualização de padrões para fabricação e avaliação de fibras ópticas e cabos de fibra ópticas, para comunicação banda larga sobre condutores metálicos (cabos coaxiais e pares metálicos) e para equipamentos de infraestrutura para redes ópticas, como equipamentos para redes ópticas G-PON (G.984 series) e multiplexadores ópticos  (xWDM), de modo que possam vir a empregar novas tecnologias.

DOCUMENTOS RELEVANTES

Lista de questões sob estudo na CE 15 da ITU acessível em http://www.itu.int/net4/ITU-T/lists/loqr.aspx?Group=15&Period=16.

PARECER DO(S) COORDENADOR(ES)

O Brasil participa dos trabalhos relacionados a protocolos e especificações de testes com vista à defesa dos interesses nacionais, conhecimento da experiência de outros países e cooperação com os esforços internacionais de padronização. Os assuntos discutidos nesta reunião plenária relacionam-se fortemente com os trabalhos de regulamentação desenvolvidos na Agência: aspectos referentes à elaboração de requisitos para avaliação da conformidade de equipamentos de redes (de acesso e de transporte) e questões sobre qualidade de rede.

Neste sentido, esta coordenação emite seu parecer favorável ao Relatório de Delegação aqui apresentado

 


logotipo

Documento assinado eletronicamente por Flavio Rabello de Souza, Membro de Delegação, em 01/10/2020, às 08:46, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 23, inciso II, da Portaria nº 912/2017 da Anatel.


logotipo

Documento assinado eletronicamente por Geraldo Magela Benicio Júnior, Participante, em 01/10/2020, às 13:15, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 23, inciso II, da Portaria nº 912/2017 da Anatel.


QRCode Assinatura

A autenticidade deste documento pode ser conferida em http://www.anatel.gov.br/autenticidade, informando o código verificador 6018756 e o código CRC 5CEC61AA.




Referência: Processo nº 53500.038235/2020-51 SEI nº 6018756